Há tantos empregos, trabalhos e formas de ganhar a vida. As pessoas aceitam sempre um emprego pensando que vão tirar partido de qualquer coisa. Ou que não custa nada. Ou o horário. Ou que vão ganhar bem. Basicamente, o único incentivo de que uma pessoa precisa para aceitar  um emprego é mostrarem-lhe outro emprego onde se trabalhe o mesmo mas se ganhe menos. Passam imediatamente a referir-se ao seu emprego como «não é mau de todo».
É exatamente isso que nós queremos, um emprego que «não seja mau» - e damo-nos por felizes.
Há pessoas  que dizem que têm um emprego fantástico. Essas pessoas estão a receber ordenados claramente excessivos. A Direção-Geral de Impostos tem de investigar essas pessoas que acham que têm um emprego fantástico. Está aí a resposta para o nosso défice. E, para além do mais, essas pessoas são sempre umas chatas.
Ninguém gosta de pessoas com empregos fantásticos.